11. Carta pro Zé

Ricardo Matsuda (1965-)

Uma homenagem ao grande músico e, acima de tudo, ao grande amigo José Eduardo Gramani. Nesta composição, baseada num ritmo de dança muito comum no Sudeste, o cururu, Matsuda constrói um texto que retrata a postura do homem tradicional brasileiro perante a vida, um paralelo semelhante ao do taoísmo e que ecoa na maneira de ser de José E. Gramani.

A tribute to the great musician and, above all, the great friend José Eduardo Gramani. In this composition, based on the cururu, a dance rhythm very common in Southern Brazil, Matsuda builds a text that reflects the traditional Brazilian man's attitude towards life, in a manner similar to Taoism, and which echoes José E. Gramani's way of life.

Feijão na panela pro meu amor, Aqui, chegar. Farinha bem fina pro meu amor Poder brincar. A luz lá de cima pro meu amor Sorrir, rezar. Um teto cá embaixo pro meu amor Se enamorar. Se um dia for embora já peço agora amor cantoria na vida cantar. Um dia é bastante pra seguir adiante, Cavaleiro errante, preciso acalmar. “Passarinho acordou deu bom-dia pro sol. Passarinho avoou, voou e nós foi trabalhar. Passarinho cantou, teve filho e morreu, Passarinho avoou, voou e nós foi trabalhar”.
Dalga Larrondo: moringa de cerâmica / clay jug
Isa Taube: voz / voice
Luiz Fiaminghi: rabeca 1 / fiddle 1
Patricia Gatti: cravo / harpsichord
Ricardo Matsuda: viola brasileira 2 / Brazilian ten-string guitar 2
Valeria Bittar: flauta-doce 1 e 2 / recorders 1 and 2